quinta-feira, 10 de abril de 2008

Síndrome do clone

Uma das minha pick-up lines* favoritas sempre foi a minha teoria sobre a utilidade de me dividir em cerca de 10 clones. Os meus dias seriam dedicados a entregar tarefas a esses clones, como ir ver filmes, ver exposições, ver jogos de futebol, ir tomar cafés com amigos, ir à praia, ir correr ou nadar e tudo o resto para que normalmente não tenho tempo, isto enquanto eu ficava em casa a ler livros interessantes. No fim do dia, através de um processo que se assemelhe o mais possível à osmose (esta ainda é uma aresta a limar) recolheria as experiências de uma vida 10 vezes mais cheia que a minha.

São Paulo proporciona-se a isso. Numa cidade que trabalha 24 horas por dia (uam parte importante da população de São Paulo capital vive durante "o turno da noite"), há sempre coisas a acontecer, muitas delas ao mesmo tempo.

Hoje, por exemplo, adorava poder enviar um dos clones à conferência da Ignacio Ramonet no Instituto Cervantes, na av. Paulista, enquanto que outro iria ver o Em Paris, no cinesesc, na Rua Augusto, do lado de Jardins.

Eu, como é óbvio, ficaria mais uma vez a ver passar as horas pela Livraria Cultura, afagando o meu affogato com a colher de café, enquanto leio as Inquisiciones de Borges.

* as minhas pick-up lines sempre foram idiotas de mais ou de menos para funcionarem com quem quer que seja.

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