segunda-feira, 28 de abril de 2008

Ouro Preto - Teatro Municipal

Descendo as escadas da igreja de São Francisco, vemos imediatamente à direita o teatro municipal, que também era casa de ópera. Na impossibilidade anacrónica de comprar um ipod, D. João VI em pessoa teria mandado desviar uma fracção do ouro recolhido nas redondezas para se fazer construir um teatro onde pudesse ouvir um bocadinho de música.

Quem lá for vai sentir-se como que a entrar num teatro de bonecas, verde, azul, rosa, com cadeirinhas pequenas e floridas. Nada ali é sumptuoso, megalómano ou frígido, como se esperaria um europeu de um teatro pago a ouro. Pelo contrário, tudo usa, numa luz em tom pastel, o calor lá de fora para nos acolher num abraço sorridente. Só a boca de cena é massiça, portuguesa, em rocha cinzenta e pesada, como que para dar um pouco de seriedade ao acto e ao ouro. Tudo o resto cabe dentro da definição, bem comum nestas paragens, de bonitchinho.

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